Crendices



A maioria das pessoas é ordinariamente parecida. (Premissa)

E de algum modo têm se espalhado por aí que é um grande trunfo ser "especial". (Empirismo)

Eu me pergunto que grande mérito ególatra haveria em se destacar no mar dos muitos peixes. (Problematização)

Eu, de tão ordinária, ainda entôo'quele refrão comunitário que já citei dantes no quartel de...er...: queremos as mesmas coisas.

Então, porquê seriámos assim diferentes?

DIferentes no ser mas não no querer? Aham... Oquei, viu! Joinha!

Por mera hipótese  - divorciada de cientificismo, autoamostragem limitada - cogito uma teoria infantil.

Esse "diferente" que a gente as vezes teima em ver nos outros (que passam a ser nossos "compradres" - ordinários!) é só o jeito (diferente) com que nos devotaram atenção.

E a gente (de cético na tal especialidade inata) passar a acreditar que é especial.  Com base na já calejada fé. u.u

 - Porque nos ouviram as histórias longas e não inéditas. Riram com desmedido esforço da piada mal contada. Falaram pieguices e disseram sem esperar troco "gradei docê de graça, viu?". Um apoio na discussão aleatória surgida, na mesa de muitos estranhos não especiais. Uma cara de felicidade pela recém descoberta do gosto musical-literário em comum. Um saborear uma pamonha e se saber compreendido. Ser lembrado pelos deméritos ou pretensos defeitos com carinho. Afeto dado, e... plim!

E aí, evidentemente, acreditar  - arriscado, que seja, seu selvagem!, fica fácil, gostoso. 

Mesmo sem saber se essa pessoa seria, mesmo, "diferente".

Diferente no quê, cara pálida?! Anda, responde!

Eu acredito na ordinariedade!

Pá-pá-pá-páaa!

Um comentário:

  1. "Um apoio na discussão aleatória surgida, na mesa de muitos estranhos não especiais" <- ISSO.

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