Dei pra beber às quintas. Lembrar dela e sua loucura às sextas à noite, para finalmente esquecê-la momentaneamente entre lágrimas raivosas nos domingos pantanosos, pantanojos, pantene no vidro do ônibus (que aos domingos nem regular é). Todo domingo a mesma coisa: é de hoje que eu não passo.
Dó................................. MiM............................. GO! vai, praga!
O resumo da prosódia fica se anunciando repetitivo como o trem matutino: Tudo é adaptação, e essa lição eu já havia aprendido ainda nos tempos de crionça, embora felina pouco levada. Mas, como adaptar-se à irrealidade do profundo desconhecimento das gentes novas? Como tatear isso tudo sozinha?
Ir à feira semanal e de escambo em escambo, levar várias doses de auto-ajuda e menos, menos doses de comida, pra alimentar meu ego. Assim eu fui indo e vindo nessa trajetória canhestra que me conduziu até esse pandemônio de confusão.
Acordar olhando boba a profusão dos prédios e da serra, aquele abestalhar-se típico de menina que não decidiu se quer morar no campo ou na cidade, mas que tropeçando nas pedras rurais ou na calçada portuguesa já percebeu. A contaminação das minas parece grave, a quase interjeição não deixa dúvidas: "queee trem de merda, sô!"
Às favas com o Horizonte. Não é pro Horizonte que a gente paga as contas (tanta coisa pra comprar e ela comprou uma peruca), se lamuria, fala as tantas frases de impacto tão pretensiosas e carentes.
O termo indefinido, dies a quo das segundas e terças, vai passando até leve. Bem mais, é verdade, em virtude do foco serviçal. Descobri esses dias que eu devia ir ao "escritório" e não ao "serviço", dado que meu ofício não é braçal. De um modo ou de outro, o labutar tem me socorrido como antes me socorriam os amigos.
Ler no ônibus, whatssappear ( essa palavra não irá pro dicionário, mas pro CID), ouvir as mesmas músicas ou as rádios estranhas: uma repetição de cada vez, mesmo sem se repetir, e os dias vão se consumindo, não a mim, porque o meu consumo é impróprio pra menores. E como as coisas são quase sempre tão menores do que a gente gostaria, né?
O promissor dia que antecede a pré-alforria anuncia as discussões sobre quaisquer assuntos: desde que embalados pelo méxico.
Dormir enebriada de esperança e acordar com a magia natural e irrevogável da sexta feira: hoje, é hoje que vai acontecer.
Sim, porque alguma coisa tem que acontecer na sexta. Depende de nós, Ivan, eu diria. Os sorrisos, o almoço comemorativo, a feijoada na minha cabeça: o pecado das carnes variadas, das extravagâncias e da inconfidência.
À noite, a descoberta de que nem toda sexta é tão sexta assim, e a criatura que Paola pariu arquitetará mais uma vez alguma tramóia vã, espalhafatosa,não importa. O povo que aplaude acredita.
Sábado é extemporâneo, não bate ponto e se apresenta tinhoso como Vegas em seus joguetes: Quem dá mais?! 50%. Cara ou coroa. Ganhar ou Perder. Uma bifurcação naquela estrada do Moojave anuncia duas plaquinhas: a repetição da sexta diva/divã (geminiana essa sexta...) ou o prenúncio do domingo (ZzzZzzzzz).
E assim sucessivamente, tudo novo de novo. Menos eu. Não, não eu, que eu?
Acontece que essa semana não terminou, e, como profetizou uma amiga: "dia de pular feito doida e rir à toa, dia de colocar a roupa nova e passar delineador e rímel! É dia de Hilda Furacão, é dia de Roberta, é o dia da ******"
♫ "Batidas na porta do caos, é o tempo". - E eu era tão novinha, e a Hilda me salvou, como outras depois, também continuaram e continuarão me salvando.
♪ "Ah, coração leviano, não sabe o que fez do meu." - E eu era tão novinha, e a Roberta me salvou, como outras, depois, também continuaram e continuarão me salvando.
Existe mesmo essa segunda pele do outro, ou a gente joga as nossas feito cobras venenosas que são biologicamente levadas a fazê-lo?
Hoje...ahhh, hoje!
Eu sambo mesmo, eu sambo assim \o\: ... só pra mim.
Também te amo, sexta!
Hoje Pamela promete malfeitos e bem viver: por que eu sou a verdadeira Paola Bracho. HA HA HA HA HA
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