Se precisei de uma garrafa de Chardonnay e quase
dez horas de Doctor Who na sexta-feira, é porque eu precisava de uma boa
diversão, já que nem mais distração estava conseguindo com aquela música de
antes. Então foi por isso que cada uma das vezes que o passado resolveu vir me
cumprimentar, acenei e continuei andando; acho que já aprendi a técnica “carry
on”, tão inglesa, como diz, com sotaque, o Doutor.
A parte boa de ter ouvido aquela música, é que na
faixa seguinte já não me empolguei tanto com toda euforia dançante. É
que se na anterior pareceu a descoberta do pote de ouro atrás do arco-íris,
agora só me pareceu um arco-íris e a vontade explorar. E, havendo ou não um
tesouro no fim da jornada, decidi pela aventura. E não me arrependo, a trilha
sonora foi tão inesperada quanto incrível!
É por isso que “ex
nunc” me é tão querida, a mais querida entre as expressões do
latim-juridiquês, o “a partir de agora” deve ser sim sempre levado em consideração,
uma boa consideração; são as cores da pena do agora que definirão as páginas do
porvir. Não é o que já passou que me prende, é o que virá que me anima a
continuar, afinal ainda existem muitos arco-íris por ai. E se estiver difícil
de achar, só é necessário um pouco de água, de luz e um adequado ponto de vista:
ta-dah, um arco-íris particuar! Já pode colocar os fones de ouvido e sair em
busca do tesouro perdido?
Esse fim de semana realmente começou um pouco mais
cedo. E vou aproveitar bastante enquanto ele não decide acabar!
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